segunda-feira, 14 de outubro de 2019

PRELAZIA DE CAROLINA



A enorme extensão territorial e o crescente desenvolvimento na região tocantina do estado, sugerem um desmembramento e criação de uma nova entidade que possa corresponder melhor os avanços naquela região. Assim, o pedido apresentado por Dom Emiliano Lonati em 1957 tornou-se realidade no ano seguinte, com a criação da nova Prelazia confiada aos capuchinhos, com sede em Carolina.

12/06/1951: Dom Emiliano Lonati e Frei Vittorino vistoriam
as obras da construção do hospital São Francisco em Grajaú

Para primeiro bispo foi chamado Dom Cesário Minali, então bispo da prelazia do Alto Solimões, no Amazonas. Seu ministério episcopal iniciou-se no dia 28 de junho de 1958.[i]

Dom Frei Cesário de Colognola: de secretário de Dom Emiliano, cura da catedral de Grajaú
e vigário geral da Prelazia a Custódio Provincial e em seguida Bispo Prelado do Alto Solimões.
Pouco tempo depois, assumiu a nascente Prelazia de Carolina.

Para constituir a nova prelazia, foram selecionadas as paróquias de São Pedro de Alcântara em Carolina, Santa Tereza de Imperatriz, Santana de Montes Altos, Sagrado Coração de Jesus em Amarante e Nossa Senhora da Conceição de Porto Franco.

Alunado do Colégio das irmãs capuchinhas, Imperatriz, 1960.

Frei Eliezer de Morazzone (Arcádio Benzoni) em Imperatriz (ano 1960).

O escasso clero da Prelazia de Carolina (a partir da esquerda, em pé): Frei Gil, Frei Humilde (Ângelo Falomi), Frei Dario (Angelo de Milão) Fornasiero, Frei João José, Dom Cesário, Frei Elias, Frei Tranquilino; (abaixo): Frei Osvaldo e Frei Epifânio D'Abadia.

Casa dos Frades em frente à Igreja de Santa Teresa D'Avila (Imperatriz, 1967).

Vista aérea da cidade de Imperatriz

A constituição da nova prelazia foi rápida e eficiente. Com a abertura da BR 010 Belém-Brasília, a cidade de Imperatriz ganhou impulso comercial, tornando-se centro ativo e dinâmico de toda a região.


RESUMINDO:
O período de 1937 a 1966 foi marcado de grandes transformações na vida e identidade franciscano-capuchinha nas terras de missão. Diversas iniciativas, no âmbito eclesial, formativo e edilício são feitas ao longo do território da missão:
a)      Com a criação da custódia do Maranhão, foi dado forte impulso à formação dos candidatos que nasciam no Brasil. Inicialmente encaminhados à Itália, logo foram edificadas estruturas para garantir uma sólida formação em terras brasileiras. Isso garantiu um aumento notável das vocações nativas.
b)      As prelazias de Grajaú e Carolina foram grandes campos para o trabalho apostólico dos frades. Com a criação de novas paróquias, os frades não somente cuidavam espiritualmente da população, mas também no âmbito social. As paróquias eram acompanhadas de escolas, hospitais, clubes e salões para a formação cultural da população.
c)      Nos territórios das prelazias (Grajaú e Carolina no Maranhão) e nas regiões de Abaetetuba e do “salgado” (Pará), os frades edificaram grandes igrejas e diversas estruturas paroquiais. Algumas residências eram verdadeiros conventos, enquanto outras eram pequenas residências para estação do missionário.


[i] ACTA APOSTOLICAE SEDIS. Cidade do Vaticano: Libreria Editrice Vaticana, 1958. Disponível em: <http://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS-47-1958-ocr.pdf>.

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